Eu quero deixar com você uma simples e singela verdade.
Não há caminho para a vida exceto pela morte.
Não há caminho para o poder exceto por meio da fraqueza e quebrantamento.
Não há caminho para a plenitude exceto por meio do esvaziar.
Não há caminho para o pleno frutificar exceto por meio do podar.
Não há caminho para a exaltação exceto por meio da humilhação.
Não há caminho para o trono exceto se sua vida for lançada por terra.
Não há caminho para conhecer a glória de Deus em plenitude exceto por meio da comunhão de seus sofrimentos.
A chave verdadeira para a vida transbordante, para a vida mais abundante, a vida de ressurreição, não é quanto eu vivo, mas quanto eu morro.
O problema não é como viver a vida cristã; o problema é como morrer.
Se você tiver o segredo de morrer com Cristo, você não terá de aborrecer a mente sobre como viver a vida cristã.
Lance Lambert

IDENTIFICAÇÃO parte 2

CAPÍTULO QUINTO
“NÓS MORREMOS COM ELE”

Jesus morreu duas vezes na cruz.
Eu sabia isto por muitos anos, mas não possuía nenhuma evidência bíblica.
Um dia eu descobri Isaías 53:9 a resposta para a minha longa busca:
“E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico nas suas mortes...”
A palavra “morte” está no plural no hebraico.
Muitos de vocês que possuem Bíblias com anotações marginais poderão notar isto.
Isto é, Jesus morreu duas mortes na cruz: Ele morreu espiritualmente antes de morrer fisicamente.
Em João 10:18 Ele disse que ninguém poderia tirar dEle a Sua vida.
Ele não podia ser morto. Ele não podia morrer.
Por quê? Porque o Seu corpo não era mortal.
Jesus possuía um corpo igual ao de Adão antes deste pecar.
Era um corpo humano perfeito, não mortal - Imortal.
Era um corpo que não podia morrer até que o pecado tivesse se apossado do Seu espírito.
Em outras palavras, Jesus tinha que morrer espiritualmente antes que Ele pudesse morrer fisicamente.
Se o corpo de Jesus tivesse sido como o seu e o meu, então Ele não era Deus, Ele não era substituto, e não teria morrido pelos nossos pecados. Ele teria morrido meramente como um mártir.
Mas se Ele tinha um corpo como o corpo do primeiro Adão, que não era mortal, não sujeito à morte (isso significa não sujeito a Satanás), porque Ele era Deus.
No nosso último capítulo vimos o homem pregado na cruz com Cristo.
Nisto vemos que a raça humana morreu com o Crucificado.
Paulo diz: “Se já morremos com Cristo, cremos que também com Ele viveremos”. Romanos 6:8 e II Timóteo 2:11
Nestas passagens notamos que morremos com Cristo, quando Ele morreu.
Ele foi o nosso substituto.
Nós éramos um com Ele na cruz.
Nós éramos um com Ele na Sua morte.
Ele morreu debaixo do nosso julgamento, em nosso lugar.
Ele morreu porque Ele foi feito pecado.
Se nós O aceitamos, não poderá haver julgamento para nós.
“Todavia, ao Senhor (Jeová) agradou moê-lo, fazendo-O enfermar; quando a Sua alma se puser por expiação do pecado, verá a Sua posteridade, prolongará os dias, e o bom prazer do Senhor (Jeová) prosperará na Sua mão. O trabalho da Sua alma Ele verá, e ficará satisfeito com o seu conhecimento, o seu servo, o justo, justificará a muitos: porque as iniqüidades deles levará sobre Si. Porque lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá Ele o despojo; porquanto derramamos a Sua alma na morte, e foi contado com os transgressores, mas Ele levou sobre Si o pecado de muitos, e pelos transgressores intercede” - Isaias 53:10-12
Isto parece muito com a Revelação Paulina, não é verdade?
A Revelação Paulina é um desvendamento do que aconteceu do momento em que Jesus foi feito pecado na cruz, até Ele ter se assentado à destra de Deus.
Em nenhuma outra parte poderemos encontrar tal conhecimento.
Isto é substituição.
Isto é Identificação absoluta.
Isto faz parte da grande verdade substitutiva em profecia.
Ele derramou a Sua vida até a morte.
Através daquela morte, nós fomos tornados vivos.
Foi o nosso pecado que O matou.
É a Sua justiça que nos dá vida.
Ele bebeu o cálice da morte, para que nós pudéssemos beber o cálice da vida.
Naquele poderoso ministério antes que Ele tivesse ressurgido dos mortos, Ele destruiu o senhorio da morte.
Quando a morte O matou, ela matou-se a si mesma.
Ele conquistou o pecado quando Ele permitiu que o pecado O dominasse.
Ele venceu Satanás quando Ele permitiu que Satanás o dominasse.
Ele venceu a doença quando Ele permitiu que a doença o possuísse.
Ele tornou-se um com Satanás na morte espiritual, para nos tornar um com Deus em vida espiritual.
“Aquele que não conheceu o pecado o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus’ - II Corintios 5:21
Ele tornou-se um conosco na fraqueza, na doença e na morte espiritual, para que Ele nos tornasse um Consigo em Justiça, em perfeita saúde e comunhão com o Pai.
Ele tornou-se prisioneiro da morte a fim de nos libertar.
Na mente da justiça, nós morremos para o pecado e seu domínio quando morremos com Cristo.
“porque aquele que está morto está justificado pecado” - Romanos 6:7
Ele está livre do domínio da morte espiritual.
Na crucificação havia na mente de Deus uma perfeita unidade de Cristo conosco, e na Ressurreição e no Novo Nascimento uma perfeita unidade nossa com Cristo.
Assim como Jesus conquistou a morte ao se submeter a ela, nós na Nova Criação conquistamos Satanás submetendo-nos ao Senhorio de Jesus.
Nós e as nossas enfermidades foram colocadas sobre Ele e tornaram- se parte dEle quando Ele tornou-se pecado com o nosso pecado.
Somos curados ao sermos participantes da Sua natureza divina.
A doença e a enfermidade não pertencem à Nova Criação.
É uma coisa anormal na mente do Pai para um filho ou filha de Deus estar enfermo.
Nós morremos com Ele.
Morremos para o domínio do pecado.
Morremos para o domínio da doença.
Morremos para o domínio de circunstâncias e hábitos.
I Pedro 2:24 se torna realidade - ”Levando ele mesmo em seu corpo OS nossos pecados sobre o madeiro, para que mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados”
Isto é Identificação, nossa completa unidade com Ele no pecado e no julgamento na cruz.
“Para que mortos para os pecados”. A sua morte e a nossa morte são idênticas.
Isto não é a sua morte física.
Isto é espiritual.
Ele morreu duas vezes lá.
Ele participou da nossa morte espiritual. Éramos completamente um com Ele naquele julgamento.
“Para que mortos para o pecado, pudéssemos viver para a Justiça”

Ou, que pudéssemos participar da Sua justiça como Ele participou dos nossos pecados, para que pudéssemos ser justos à medida que Ele se tornou pecado com os nossos pecados.
Depois a próxima frase maravilhosa - “Pelas suas feridas fostes sarados”.
Ele não só tomou a nossa natureza do pecado, mas também tomou as nossas doenças.
Ele tomou sobre Si as nossas doenças; Ele as lançou fora quando Ele lançou fora o pecado.
“Pelas suas pisaduras fomos sarados”.
Isto é eletrizante! À medida que Ele levou sobre si o nosso pecado e as nossas enfermidades fazendo-se pecado e doença por nós, assim também nós participamos da Sua justiça e cura quando aceitamos a obra que Ele realizou por nós.
Cristo morreu de uma vez para sempre como o nosso substituto pelo pecado.
Ele, no julgamento, cumpriu as exigências da justiça por nós.
Ele as levou consigo quando Ele foi ao local de substituto, O local de julgamento, o local de sofrimento.
Eu estou convencido de que o Pai nos vê em Cristo como perfeitos, assim como a obra terminada de Jesus é perfeita.
Nós éramos um com o diabo.
Ele (o Pai) colocou a nossa morte espiritual sobre Cristo.
“Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus...” - Efésios 2:10

Essa obra foi executada pelo grande Mestre de Obras, CRISTO, antes que Ele surgisse dos mortos.
O Pai nos vê agora em toda a nossa beleza e perfeição em Cristo.
Esta beleza é toda sua. Ele nos criou para agradar o Seu próprio coração.
Nós morremos para o pecado de uma vez para sempre em Cristo.
Morremos para o domínio de Satanás.
Morremos para os velhos hábitos que nos mantinham em escravidão.
Não precisamos morrer outra vez.
A teoria de que morremos diariamente com Cristo vem da antiga versão: “Eu sou crucificado”. É incorreta.
A passagem em I Corintios 15:3! fala de Paulo vivendo na presença da morte física, da expectativa de ser lançado aos leões na arena.
Nós morremos uma só vez com Cristo.
Agora vivemos com Ele, agora reinamos com Ele.
A Sua perfeita redenção é nossa.
A Sua perfeita justiça é nossa.
Tudo o que Ele é e fez é nosso.
Tudo o que somos é dEle.
O Pai nos fez um consigo mesmo em Cristo.


CAPITULO SEXTO
“FOMOS SEPULTADOS COM ELE”


Temos visto como Ele tornou-se pecado com o nosso pecado, Ele tornou-se nosso Substituto, carregando as nossas doenças.
Temos visto Ele debaixo do domínio e do poder absoluto do adversário na cruz.
Vimos Ele deixar a cruz, levando as nossas doenças e pecados à medida que Ele foi levado ao local de confinamento.
Podemos ver a gratificação de Satanás.
Podemos ver aquela grande celebração no Inferno quando Satanás trouxe Jesus, cativo, para a prisão.
Leiam Atos 2:24, 27, 31 e 32
“Mas Deus o ressuscitou, soltas as ânsias da morte, porque não era possível que fosse retido por ela... porque não deixarás a minha alma na morte, nem permitirá que o teu Santo veja a corrupção... Nesta previsão disse da ressurreição de Cristo que a sua alma não foi deixada na morte, nem a sua carne viu a corrupção. Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas”

Vocês se lembram como os filisteus se regozijaram sobre Sansão, e com que alegria eles o cegaram e o amarraram em completa impotência.
Que dia de gala deve ter sido no Inferno quando Aquele que havia levantado Lázaro dos mortos, que havia destruído o poder da morte e da doença, que havia dominado os ventos e as ondas, que havia alimentado os famintos, expulsado demônios, e derrotado Satanás em combate aberto, foi conquistado e tornado um com o diabo.
Ele foi enfermado.
Eles podiam ver nEle todas as doenças das eras.
Que momento devia ter sido esse.
Quando os discípulos tiraram o Seu corpo da cruz, embalsamaram-no e o colocaram na tumba de José, quão pouco eles apreciaram o que Ele estava atravessando e sofrendo.
Quão pouco o mundo apreciou onde Jesus estava e o que Ele estava fazendo.
Eles colocaram o Seu corpo na tumba e o Governo Romano selou-o e colocou guardas para vigiá-lo para evitar que o corpo de Jesus fosse roubado.
Eles haviam ouvido Ele clamar: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparastes?”
Deus havia desamparado-O a quem eles amavam.
Eles haviam perdido toda a esperança. Eles haviam pensado que era Ele que ia redimir Israel.
Por três dias e três noites o Cordeiro de Deus foi o nosso Substituto no Inferno.
Ele estava lá por nós. Ele levou as nossas dores e doenças e iniqüidades.
Ele estava lá esperando até que as exigências da Justiça fossem cumpridas.
Jamais houve tal hora, e nunca mais poderá haver.
Tinha que haver um encontro adequado da penalidade das transgressões da raça humana, e Ele foi de encontro a ela.
Ele tornou-se um com Satanás quando Ele tornou-se pecado, assim como nós agora nos tornamos um com Ele quando somos RECRIADOS.


CAPÍTULO SÉTIMO
“ELE SOFREU”

Ele agüentou tudo que a humanidade deveria sofrer.

Era Deus sofrendo pela humanidade.
O Salmo 88:6,7 na margem da “Cross-Reference Bible” diz:
“Puseste-me no mais fundo do abismo, em trevas e nas profundezas”
“Sobre mim pesa a tua cólera; tu me abateste com todas as tuas ondas”.
“Diante de ti tenho clamado de dia e de noite, Meu Deus, e tu não tens me escutado” – v. 3 e 4:
“Porque a minha alma está cheia de angústia, e a minha vida se aproxima da sepultura. Já estou contando com os que descem à cova; estou como um homem sem forças (sem Deus)”.
A mente não pode receber isso.
(15) “Estou aflito, e prestes a morrer desde a minha mocidade; quando sofro os teus terrores, fico perturbado.
(16) “A tua ardente indignação sobre mim vai passando, os teus terrores fazem-me perecer”
(18) Afastaste para longe de mim amigos e companheiros; os meus íntimos amigos agora são trevas (no lugar das trevas)”

- QUATRO ATRIBUTOS DIVINOS VISTOS NO INFERNO
Então chegamos à parte mais extraordinária do sofrimento de Cristo. Ele gritou: “Mostrarás Tu maravilhas aos mortos?” ou “os mortos se levantarão e te louvarão?”
1) O Seu Poder foi exibido

Ele os fez ver o horror do pecado, e a absoluta justiça de Deus.

2) O Seu Amor exibido
Mais do que isso, Ele demonstrou a bondade de Deus.
Ele disse: “Será anunciada a tua benignidade na sepultura...?”

3) A Sua Fidelidade Eterna foi exibida
“ou a tua fidelidade (benignidade) na destruição (perdição)?” (V.11)

4) A Sua Justiça foi exibida
“E a tua justiça na terra do esquecimento?” (v.12)
Eles viram Jesus que fora feito pecado com o nosso pecado, feito tão justo quanto Ele era antes que Ele foi feito pecado.
Ao vê-lo feito justo, satanás testemunhou o fato de que a justiça foi tornada possível para a pessoa humana na Nova Criação.
Cristo foi vivificado bem lá no reino da morte.
Ele foi chamado de “O primogênito dentre os mortos”. Deus disse a Ele: “Tu és Meu Filho, hoje te gerei”.
As hostes do inferno viram Ele nascido da morte. Eles testemunharam o triunfo de Deus, e a glória inigualável de Cristo.
Não foi uma bondade dEle nos ter dado esta figura gráfica não apenas de Sua morte e sofrimento, mas também do Seu triunfo e da sua glória?
Através da Eternidade, nos arquivos da Suprema Corte do Universo, haverá registros da visita do Filho ao inferno, da derrota de Satanás, e da Redenção legal do homem.
Eles O viram livrar-se dos principados e poderes.
Eles O viram paralisar a habilidade de Satanás de desferir a morte.
Eles O viram conquistar as hostes do Líder das Trevas.
Eles O viram desnudar Satanás da autoridade e do domínio dos quais ele havia roubado de Adão no jardim.
Eles sabiam que era a vitória da NOVA CRIAÇÃO.
Eles viram quando nós nos tornamos vivos nEle, justificados com Ele, levantados com Ele, feitos vencedores com Ele.
Apocalipse 1:17-18 foi o seu cântico de vitória:
“Eu sou o primeiro e o último e o que vivo e fui morto mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. E tenho as chaves da morte e do inferno”


Continue lendo>> IDENTIFICAÇÃO parte 3

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