Eu quero deixar com você uma simples e singela verdade.
Não há caminho para a vida exceto pela morte.
Não há caminho para o poder exceto por meio da fraqueza e quebrantamento.
Não há caminho para a plenitude exceto por meio do esvaziar.
Não há caminho para o pleno frutificar exceto por meio do podar.
Não há caminho para a exaltação exceto por meio da humilhação.
Não há caminho para o trono exceto se sua vida for lançada por terra.
Não há caminho para conhecer a glória de Deus em plenitude exceto por meio da comunhão de seus sofrimentos.
A chave verdadeira para a vida transbordante, para a vida mais abundante, a vida de ressurreição, não é quanto eu vivo, mas quanto eu morro.
O problema não é como viver a vida cristã; o problema é como morrer.
Se você tiver o segredo de morrer com Cristo, você não terá de aborrecer a mente sobre como viver a vida cristã.
Lance Lambert

IDENTIFICAÇÃO parte 1

1. INTRODUÇÃO

Estamos tratando com o fato quase desconhecido da nossa identificação com Cristo.
Logo você pergunta: O que significa “Identificação”?
Significa a nossa completa união com Ele no Seu sacrifício substitutivo.
Por exemplo, este termo é usado: “EU FUI CRUCIFICADO COM CRISTO”.
Isto é a nossa Identificação com Cristo na Sua Crucificação.
Eu morri COM CRISTO.
Eu fui sepultado COM CRISTO.
Eu sofri COM CRISTO.
Agora eu estou sentado COM ELE.
Esta pequena preposição “com” é a chave que destranca uma verdade há muito tempo oculta que é de importância vital para nós.
Os primeiros dois ou três capítulos deste livreto lhe guiarão à Ante-Câmara da maior Revelação de Deus relacionada com a Nova Criação.


CAPITULO PRIMEIRO
“A LEI DA IDENTIFICAÇÃO”


O ensinamento sobre a IDENTIFICAÇÃO é o LADO LEGAL da nossa Redenção. Ele nos desvenda o que DEUS fez em CRISTO por nós, desde o tempo em que Ele foi para a cruz, até Ele ter sentado à destra do Pai.
O lado vital da nossa Redenção é o que o Espírito Santo, através da Palavra, está fazendo em nós agora.
Várias vezes Paulo usa a preposição “com” em relação com o seu ensinamento substitutivo.
“Eu fui crucificado COM CRISTOS” - Gálatas 2:20
Depois ele nos diz que ele “morreu COM CRISTO”, que ele foi “sepultado COM CRISTO”.
Isto nos dá a chave que destranca o grande ensinamento de Identificação.
Cristo tornou-se “um” conosco no pecado, para que nós pudéssemos nos tornar “um” com Ele em Justiça.
Ele tornou como nós éramos, para que nós pudéssemos ser assim como Ele é agora.
Ele tornou-se um conosco na morte, para que nós pudéssemos ser um com Ele em vida.
Há uma dupla unidade: primeiro a Sua unidade com o nosso pecado na cruz; segundo a nossa unidade com Ele em Sua Glória no trono.
Efésios 2:6 - “E nos ressuscitou juntamente com Ele e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus”.
* Ele se tornou como nós éramos, para que nós pudéssemos nos tornar assim como Ele é.
* Ele morreu para nos fazer viver.
* Ele foi feito pecado para nos tornar justos.
* Ele tornou-se fraco para nos fazer fortes.
* Ele sofreu a vergonha para nos dar glória.
* Ele foi ao Inferno a fim de nos levar para o céu.
* Ele foi condenado a fim de nos justificar.
* Ele foi tornado doente a fim de que a cura pudesse ser nossa.
* Ele foi lançado fora da presença de Deus a fim de nos tornar bem vindos lá.

No fato de Identificação temos uma das mais ricas fases da Redenção.


CAPITULO SEGUNDO
“CRUCIFICADO COM CRISTO”

Quando Paulo disse: “Eu fui crucificado com Cristo” isso quis dizer que ele havia sido julgado, lançado fora, desnudado, e pregado na cruz.
O mero pensamento de crucificação para um judeu, especialmente para um fariseu, trazia um sentimento de vergonha e horror.
Quando Saulo de Tarso identificou-se com o homem, Jesus, aceitando-O como seu Salvador, confessando-O como o seu Senhor, naquele momento ele tornou se um homem crucificado para o povo judaico.
Ele tornou-se um paria.
Não é, pois, de admirar que ele disse em Gálatas 6:14 que “o mundo havia sido crucificado” para ele e ele para o mundo.
O mundo havia sido desnudado para Saulo.
Já não havia mais ilusões sobre o mundo.
Ele não podia mais ser enganado.
Ele conhecia a sua crueldade.
Ele havia sentido as suas chicotadas nas suas costas.
Ele lembrava-se de que em cada lugar aonde ia encarava a ira, amargura e a inveja dos homens.
Ele havia sido desnudado para o mundo.
Não havia nele coisa alguma que o mundo pudesse desejar.
Este pequeno judeu com a sua poderosa mensagem, e o seu tremendo poder na oração, havia sido crucificado para o mundo.
Compreendemos o que a crucificação significa em realidade.
Paulo viu a sua identificação com Cristo em sua crucificação.
Compreendemos que a crucificação significa a morte.
Ela significa união com Cristo em Sua desgraça e sofrimento.
“Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado como escravos” - Romanos 6:6
A crucificação aponta o caminho para a morte.
No grande argumento do Espírito da nossa Identificação com Cristo Ele disse que o nosso velho homem, esse homem oculto do coração, o nosso espírito, o homem verdadeiro que estava cheio com morte espiritual, com a natureza Satânica, foi pregado na cruz em Cristo.
Cristo foi lá, não para Si mesmo, não como um mártir, mas como um Substituto.
Nós fomos pregados na cruz com Cristo.
Nós fomos crucificados com Ele.
O objetivo da crucificação na mente da multidão era para se livrar desse Homem que eles odiavam.
Na mente da Justiça, isso significa a Sua Identificação com a humanidade em seu pecado e sofrimento, e a nossa Identificação com Ele em Sua crucificação.


CAPÍTULO TERCEIRO
“ELE FOI FEITO PECADO”


No grande drama da nossa Redenção, tão logo Cristo foi pregado na cruz, com a Sua coroa de espinhos, e com aquela turba berrante que O rodeava, a Justiça começou a fazer a sua apavorante obra atrás das cenas.
Homens e mulheres de conhecimento dos sentidos que rodeavam a cruz podiam ver somente o homem Jesus, pendurado lá.
Deus podia ver o Seu espírito.
Anjos podiam ver o Seu espírito.
Os demônios podiam ver o homem verdadeiro, oculto naquele corpo.
Então veio a hora terrível quando foi cumprido:
“Aquele que não conheceu pecado o fez pecado por nós para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” - II Coríntios 5:21
“Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor (Jeová) fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.” - Isaias 53:5-6

Naquela cruz pavorosa, Ele não apenas tornou--se pecado, mas Ele também tornou-se uma maldição, porque Gálatas 3:13 nos informa:
“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; pois está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (a palavra “nós” aqui se refere aos judeus).
Ele veio como um judeu debaixo do Primeiro Conserto para redimir todos aqueles que estavam debaixo daquele Conserto da maldição da Lei.
Quando Ele estava pendurado naquela cruz, Ele não era apenas pecado, mas Ele era uma maldição.
Não é de se admirar que Deus virou as costas para Ele

Nem é por menos que Ele clamou em sua agonia: “Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?”

Ele havia tomado o lugar do pecador no julgamento.
Todas as forças das trevas O esmagaram.
Ele era o nosso Substituto pelo pecado.
O pecado não lhe fora imputado. O pecado não foi debitado em sua conta.
Ele tornou-se pecado.
Os nossos sentidos rodopiam debaixo deste pensamento cambaleante.
Não podemos assimilá-lo.
Somente os nossos espíritos podem sondar as profundezas da sua agonia.
Podemos ouvir Paulo clamar em Filipenses 3:10 - “Para conhecê-lo (Para que eu possa conhecê-lo) e a virtude (poder) da sua ressurreição, e a comunhão de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte”.
A oração de Paulo nos espanta.
Ele queria compartilhar das agonias da morte de Cristo.
Ele queria a comunhão com os Seus sofrimentos.
Mas Paulo não podia fazer isso.
Ninguém podia fazer isso.
Nenhum anjo podia fazer isso.
Era a própria obra do Deus que tinha que ser consumada.
Quando Ele entregou o Seu Filho à morte. Ele desvendou um amor indescritível.


CAPÍTULO QUARTO
“ELE FOI FEITO ENFERMIDADE”


O próximo passo neste terrível drama é encontrado em Isaias 53:3-5 (R.V. Marg.):
“Ele foi desprezado e rejeitado pelos homens; homem de dores, e experimentado com a enfermidade e como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado; e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si e nós o reputamos aflito, ferido de Deus, e oprimido”.
Não foi o que os soldados romanos nem a multidão furiosa fizeram. Foi o que Deus fez.
Isto nos abala quando percebemos que Ele foi aflito e ferido de Deus com as nossas dores e com o nosso pecado.
Foi colocado sobre Ele as doenças e as enfermidades da raça humana.
Isaías 53:10 - “Todavia, ao Senhor agradou moê-lo; fazendo-o enfermar”.
Ele não foi feito apenas pecado e separado do Seu Pai, até que o Seu coração partido clamou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” mas as doenças da raça humana caíram sobre Ele.
Isaias 52:14 (Margin, Cross Reference Bible):
“Como pasmaram muitos à vista dele, e príncipes por Sua causa tremeram, estavam atônitos e estarrecidos e assustados, porque o Seu parecer estava tão desfigurado, mais do que de outro qualquer, tão deformado era a sua aparência que não mais parecia um homem”.
Isto foi sofrimento espiritual.
Isto foi quando o homem oculto do coração tornou-se não apenas pecado, mas enfermidade.
Este foi o lado espiritual da agonia da cruz.
Isto foi quando o nosso pecado e doenças foram colocados sobre o Seu espírito.
O Seu espírito foi feito pecado.
O Seu espírito foi enfermado.
Se o nosso coração pudesse apenas observar este fato de que Ele foi, feito pecado, e que nós fomos identificados com Ele na cruz, então poderíamos compreender a realidade da Sua obra substitutiva.
Esta verdade tem sido uma doutrina em vez de uma realidade para a maioria de nós.
Deus não apenas colocou o nosso pecado sobre Ele, mas nos colocou a nós também sobre Ele.
O homem inteiro estava envolvido neste sacrifício: seu espírito. alma e o seu corpo.
Fomos pregados na cruz com Ele e nEle.
As nossas doenças faziam parte dEle.
Quando o coração reconhecer esta verdade, será o fim do domínio da doença.
Pois Ele foi tornado enfermo com as nossas enfermidades. Satanás não tem nenhum direito legal de colocar doenças sobre nós, e em NOME DE JESUS nós podemos nos libertar do poder de Satanás.
É verdade, possuímos os nossos corpos mortais, mas este corpo mortal está cheio da vida de Deus.
“... para que o mortal possa ser absorvido pela vida.” - II Corintios 5:4

“Porque o pecado não terá domínio sobre nós...”. - Romanos 6:14
Tão pouco a doença e a dor terão domínio sobre nós.
Vemos agora que Satanás perdeu o seu domínio, ele não pode mais colocar a doença sobre nós.
Entendemos que a enfermidade é espiritual. É manifestada nos nossos corpos físicos como uma doença.
O mundo vê a enfermidade no nosso corpo, Deus vê a enfermidade no nosso espírito. Deus nos sara através da Sua Palavra
É a palavra que cura os nossos espíritos.
É a palavra que nos cria de novo.
É a palavra que produz a fé.
É a palavra que nos desvenda o que realmente somos em Cristo: Novas Criaturas

É a palavra, então, que traz a cura para os nossos espíritos enfermos
A enfermidade é uma condição espiritual manifestada no corpo físico.
Se Ele foi feito pecado, se Ele tirou o nosso pecado, não precisamos mais ser dominados pelo pecado.
Se Ele foi enfermado com as nossas enfermidades, e se Ele afastou as nossas doenças, não precisamos mais ser dominados pela doença.
Nós, com as nossas doenças e enfermidades, fomos pregados na cruz com Cristo.
Quando reconhecemos isto, não precisaremos mais nos esforçar para obter a fé ou a justiça e a santidade, porque saberemos que fomos pregados na cruz e morremos com Ele, fomos sepultados com Ele, sofremos com Ele, fomos revivificados com Ele, fomos justificados com Ele, fomos revivificados com Ele, fomos justificados com Ele, conquistamos Satanás com Ele, fomos levantados com Ele, e finalmente, fomos assentados com Ele.
O programa inteiro daquele sacrifício substitutivo é tornado real em nós pelo Espírito através da Palavra. Todas estas coisas são nossas agora.


Continue lendo>> IDENTIFICAÇÃO parte 2

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